MAIS IMPORTANTE É DAR

“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35).
O amor não tem preconceitos, nem fronteiras. Ele é altruísta. O amor pensa nos outros mais do que em si mesmo. O amor tem mais prazer em dar do que em receber. Na verdade, perdemos o que retemos e possuímos o que damos. A semente que comemos ou guardamos não pode se multiplicar. O que damos, porém, é como uma sementeira que se multiplica. Quanto mais damos, mais recebemos. Quanto mais semeamos, mais colhemos. Vejamos alguns ensinos práticos sobre esse postulado:

A riqueza não é para ser acumulada, mas distribuída (At 20.35)
Jesus disse que é difícil um rico entrar no Reino de Deus (Lc 18.24). Contudo, o que para os homens é impossível, é possível para Deus (Lc 18.24-27). O rico não pode fazer do dinheiro o seu deus, nem pôr a sua confiança na instabilidade das riquezas (1Tm 6.17). Os ricos têm um grande ministério que é ajudar os pobres. Eles precisam ser generosos no dar. Precisam aprender a repartir os seus bens. Zaqueu, ao ser convertido, resolveu destronar o deus Mamom do seu coração. A generosidade foi a primeira evidência da sua conversão (Lc 19.8). Jesus fala sobre um rico avarento que se regalava em suas festas sem se apiedar de Lázaro, faminto, à sua porta. Sua riqueza tornou-se o combustível da sua própria ruína. Ele morreu e foi para o inferno porque amou mais o dinheiro do que a Deus e ao próximo. Ele não foi para o inferno por ser rico, mas por ser avarento (Lc 16.19-31). A avareza é a evidência mais hedionda do egoísmo.

Quando damos aos pobres, é como se estivéssemos dando ao próprio Deus (Mt 25.40; Fp 4.18)
No dia do juízo os homens serão julgados segundo as suas obras (Mt 25.31-46). Certamente, pelas obras ninguém pode ser salvo (Ef 2.8, 9). Não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras (Ef 2.10). As nossas boas obras não nos levam para o céu, mas nós as levamos para o céu (Ap 14.13). Jesus disse que, quando damos pão ao faminto, água ao sedento, vestes ao nu, abrigo ao forasteiro e visitamos os presos e doentes, é como se fizéssemos essas coisas a Ele (Mt 25.40). Temos de ver Deus no rosto do nosso próximo. Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1Jo 4.20). Negligenciar a generosidade aos pobres e aflitos é como sonegar a Jesus um gesto de socorro. Deixar de dar pão a quem tem fome é o mesmo que negar um prato de comida ao Filho de Deus. O apóstolo Paulo diz que o que ofertamos aos outros é como uma oferenda a Deus, como um sacrifício aceitável e aprazível a Deus (Fp 4.18).

Dar é emprestar para Deus (Pv 19.17)
Nossos tesouros não podem nos acompanhar, nem nos valer na viagem que faremos para a eternidade. Contudo, quando socorremos os aflitos com os bens que o próprio Deus nos confiou, isso é como um empréstimo a Deus (Pv 19.17). Ele nunca fica devendo nada a ninguém. Ele é a fonte de todo bem. Ele é quem nos dá a vida, a saúde, a inteligência e nos capacita para adquirirmos riqueza (Dt 8.18). Ele é quem abre as janelas dos céus e derrama sobre nós bênçãos sem medida (Ml 3.10). Sua Palavra é clara: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” (Lc 6.38). Jesus disse que até um copo de água fria que você der a alguém em seu nome não ficará sem recompensa. Sim! Mais bem-aventurado é dar que receber. Enquanto damos coisas materiais, recebemos recompensas materiais e, sobretudo, espirituais. Deus é o supremo galardoador!


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