PLANTAR E COLHER
Colher é plantar.
Por mais ocupados que estejamos,
encontraremos tempo para chegar. Pode ser que o nosso amigo que nos visitou
careça de uma visita. Pode ser que o nosso pai necessite que o carreguemos no
colo. Pode ser que uma família precise de uma palavra de conforto. Pode ser que
a saudade nos aguarde para um adeus. Pode ser que um bebê nos espere de lacinho
na cabeça e lá vamos nós com um ramalhete de flores ao seu encontro. Pode ser
que uma celebração (por um contrato, por um aniversário, por um casamento, por
uma conquista) requeira nosso testemunho cheio de palmas.
Então, paramos tudo e vamos
lá.
Quando agimos assim, estamos plantando.
Não agimos como se plantássemos, mas plantamos. São finas, não grosseiras, as
nossas motivações. Não oferecemos para receber. Não festejamos para ser
festejados. Não visitamos para ser visitados. Não amamos para ser amados. Não
aplaudimos para ser aplaudidos. Se estamos trocando, estamos trocando afetos,
não estamos distribuindo cartões de visitas, não estamos fazendo
negócios.
Colhemos o que plantamos. Felizmente no
Reino de Deus, o poderoso Rei age diferente. Deus oferece seu afeto até a quem
não merece. No reino dos homens, a lei é outra. Podemos ser alvos das graças dos
homens, por quem nada fizemos, mas esta não é a regra. Podemos ser generosos e
receber ingratidões, mas ainda sobrarão os que agradecerão. Esta é a
regra.
Ocupados de mais conosco, perdidos
demais em nossos problemas, intoxicados por nossos egoísmos, devemos levantar a
cabeça e plantar o que desejamos colher.
Sementes de sorrisos afetuosos, abraços
generosos e palavras amigas, plantadas hoje serão árvores que nos acolherão
amanhã.
Vamos plantar?
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